O pintor de paredes, José Divino da Fé, de 37 anos, foi morto com tiro de arma de fogo, no peito esquerdo, a queima roupa, no início da madrugada de sábado, 12, na porta do bar Sport Café, no centro de São Luís. O suspeito de cometer o crime é um policial militar, identificado apenas por Cristiano. O qual foi preso em flagrante, minutos depois, por uma equipe da Polícia Militar, próximo ao local do fato.
José Divino foi levado por populares ao Hospital Municipal, mas chegou ao local sem vida. De acordo com um enfermeiro do Samu, que também atendeu à vítima, não foi possível fazer nada. “Ele já chegou aqui sem vida”, disse ele. Minutos depois, a área externa da unidade hospitalar foi tomada por amigos e familiares do pintor, que era casado, deixa esposa e uma filha de 8 anos.
O clima de indignação e revolta tomou conta de todos que, indignados, cobravam por justiça.
De acordo com testemunhas, depois de um tumulto na porta do bar, um ou dois estampidos foram ouvidos. Em seguida o corpo do pintor estava estirado ao chão e o acusado foi visto com uma arma na mão, até montar em uma motocicleta e empreender fuga do local. Segundo o dono do estabelecimento, no local havia dois seguranças particulares, um na área interna e outro na entrada, próximo de onde aconteceu o fato, que não puderam fazer nada.
Um rapaz, que afirma ter presenciado toda a cena, conta que tudo começou quando José Divino chegou ao local agredindo com socos, no rosto, um rapaz que estava ao lado do acusado. De acordo com a testemunha, depois de agredir o jovem, que estava de camiseta branca e usava óculos, o pintor foi puxado pelo pescoço pelo policial, derrubando-o no chão. “Foi quando o tiro foi disparado e o Zé Divino, cheio de sangue, ficou caído no chão. Eu vi o policial tomando a arma do cara que tomou o soco e a colocou na cintura”, disse.
Pela declaração desta testemunha, há a possibilidade de o autor do crime não ser o policial.
Depois de preso e autuado em flagrante pela Polícia Civil, por ser um policial, o acusado foi encaminhado para um Batalhão da Polícia Militar, em Goiânia, onde deverá aguardar o andamento das investigações, como manda a legislação. O caso, que causou grande comoção, também será ser investigado pela Polícia Civil.
O corpo do pintor foi velado durante o dia de ontem, 12, e será sepultado na manhã de hoje. Uma multidão de amigos de familiares compareceu ao velório, que foi realizado na residência dos pais da vítima, na Rua 2, do Setor São José.
Fonte: A Voz do Povo
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